A Justiça condenou nesta terça-feira a Confederação Brasileira de Futebol e a Federação Paulista de Futebol pelo escândalo conhecido como Máfia do Apito - esquema de manipulação de partidas que envolveu o Campeonato Brasileiro de 2005. As duas entidades terão de pagar multas milionárias pelo ocorrido. A CBF terá de arcar com uma punição no valor de 20 milhões de reais, enquanto a FPF terá de pagar 4 milhões.
As multas originais eram maiores: 160 milhões de reais para a entidade que rege o futebol nacional e 60 milhões para a federação de São Paulo. No entanto, o tribunal aceitou parcialmente os recursos apresentados e reduziu as duas multas. A decisão, porém, não foi unânime. Dos três desembargadores do caso, dois votaram a favor da multa. Relator do caso, Gaudino Toledo Júnior, não achou que as duas entidades pudessem ser consideradas culpadas e as absolveu.
A CBF ainda não se manifestou sobre o assunto. Já Carlos Miguel Aidar, advogado que representou a FPF no caso, disse que ficou decepcionado com a decisão tomada pelos desembargadores. "A FPF não pode ser considerada culpada por um ato cometido por um terceiro. Se o árbitro passa nos exames físicos, técnicos, psicotécnicos, ele está apto. Mas se o juiz decide se vender, como a entidade pode ser considerada culpada? Não pode. Fiquei desiludido com a decisão", afirmou por telefone ao ESPN.com.br.
A Máfia do Apito estourou em 2005 e teve como principal personagem o árbitro Edilson Pereira de Carvalho, que era do quadro da FPF e hoje está banido do futebol. Na época, após a descoberta do esquema, os onze jogos apitados pelo juiz foram anulados e remarcados pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
Fonte: ESPN Brasil
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