
O maior goleiro do Fluminense, e um dos melhores do Brasil, se transformava em muitos jogos em uma barreira intransponível, tarefa para a qual contava algumas vezes com a ajuda da sorte, traduzida nas muitas bolas que teimavam em não entrar, parando na trave. Por isso, era chamado de "Leiteria" pelas torcidas adversárias, um jargão da época para explicar o que consideravam a sua incrível sorte.
Não importa! para os tricolores, ele era o São Castilho. Em um tempo em que os jogadores davam seguidas demonstrações de devoção a camisa que vestiam, Castilho provou seu amor pelo Fluminense ao se recusar a ficar dois meses longe dos gramados devido a quinta contusão no dedo mínimo esquerdo - ele optou pela amputação parcial para poder voltar a jogar em duas semanas. Os tricolores, agradecidos, eternizaram o reconhecimento do clube ao seu grande ídolo ao erguer um busto de Castilho na entrada da sede social das Laranjeiras. Castilho está lá, para sempre, São Castilho.
Na Seleção Brasileira, participou de quatro Copas do Mundo (1950, 1954, 1958, 1962), tendo sido titular em 1954 e bicampeão do mundo na Suécia e no Chile, como reserva de Gilmar. Encerrada a carreira, como campeão paraense de 1965 pelo Paysandu, foi técnico de vários clubes do Brasil, com destaque para o Santos campeão paulista de 1984, para o Vitória da Bahia, onde até 2006 é o técnico que mais dirigiu e mais conquistou vitórias no Campeonato Brasileiro da 1ª Divisão (1973/1974), e para o Operário de Mato Grosso do Sul, clube que levou as semifinais do Campeonato Brasileiro de 1978. Castilho nasceu no dia 27/11/1927, no Rio de Janeiro, e morreu no dia 02/02/1987.
Jogos pela Seleção Brasileira:
29 jogos: 18 vitórias, 5 empates, 6 derrotas, 30 gols sofridos.
TÍTULOS PELA SELEÇÃO
Copa do Mundo (1958 e 1962); Taça Oswaldo Cruz (1950 e 1962); Campeonato Pan-Americano (1952); Taça Bernardo O'Higgins (1955).
COPAS DISPUTADAS
1950, 1954, 1958, 1962.
Fonte: CBF
Nenhum comentário:
Postar um comentário