A conquista do tetracampeonato pelo Brasil em 1994 foi marcada pelo espírito coletivo de um time armado a perfeição no aspecto tático por Carlos Alberto Parreira. No plano individual, quando se lembra que Romário foi o destaque, há que se acrescentar um nome: Bebeto, um dos jogadores mais talentosos que o futebol brasileiro conheceu, foi igualmente decisivo para o título que a Seleção Brasileira não ganhava há 24 anos.
Bebeto estava no apogeu da sua forma na Copa de 94. Além dos três gols que marcou, mostrou todo o repertório de jogadas e passes precisos que foram a marca registrada do seu futebol. A sua importância para o tetra pode ser resumida, inclusive, por uma das orientações que Parreira dava para a Seleção. Ao pedir que o time fosse aplicado na marcação, o treinador sabia o que recomendar quando a bola fosse recuperada: Lançar Romário e Bebeto.
José Roberto Gama Oliveira, 48 anos, estreou na Seleção Brasileira no dia 28 de abril de 1985. Dois anos depois de chegar ao Flamengo, ainda garoto, vindo das divisões de base do Vitória da Bahia. Apesar do físico franzino, o seu futebol feito de criatividade e talento já chamavam a atenção de todos no clube.
No Flamengo, Bebeto foi artilheiro, campeão estadual e brasileiro. No Vasco, para onde se transferiu em 1989, foi também campeão brasileiro. Depois, com a ida para a Espanha, ajudou a transformar a história do La Coruña, um time até então modesto. No La Coruña, era ídolo da torcida, que dedicou a Bebeto uma impressionante manifestação de carinho no jogo que marcou a sua despedida do clube espanhol. As cenas da homenagem, registradas em um vídeo, o deixam até hoje emocionado.
Bebeto disputou 81 jogos pela Seleção principal e marcou 37 gols, com 54 vitórias, 17 empates e 10 derrotas. Conquistou a Copa do Mundo de 1994, a Copa América de 1989, a Copa das Confederações de 1997 e a Copa da Amizade em 1992. Pela Seleção Olímpica, jogou 30 vezes e marcou 15 gols.
Fonte: CBF
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