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segunda-feira, 12 de março de 2012

"FUI CRITICADO DAS DERROTAS E SUBVALORIZADO NAS VITÓRIAS"

O ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, se despediu do cargo que ocupou por 23 anos nesta segunda-feira (12) com uma carta lida pelo sucessor, José Maria Marin. O cartola se disse injustiçado e ainda alegou ter renunciado a saúde em nome do futebol.

Veja os principais trechos da carta:

"Presidir paixões não é uma tarefa fácil. Futebol em nosso país está associado a duas imagens: Talento e desorganização. Quando ganhamos, exaltam o talento. Quando perdemos, a desorganização. Fiz o que estava ao meu alcance. Renunciei a saúde. Fui criticado nas derrotas e subvalorizado nas vitórias".

"Deixo definitivamente a presidência da CBF com a sensação de dever cumprido".

"Não há sequência de ataques injustos que se rivalizem com a felicidade de ver nos rostos dos brasileiros as conquistas de mais de cem títulos, entre os quais duas Copas, cinco Copa Américas e três Copas das Confederações."

"A mesma paixão que empolga, consome. O espírito é forte, mas o corpo paga a conta e me exige agora cuidar da saúde".

Sob comando de Teixeira, a CBF colecionou denúncias de corrupção. O contrato com a Nike, assinado em 1997, foi alvo de investigações pela CPI do Futebol, no ano 2000.

A situação de Teixeira na CBF ficou insustentável após o surgimento de diversas acusações. Para ficar praticamente isolado, foi fundamental a série de reportagens apresentadas pela Rede Record sobre o cartola brasileiro, em junho do ano passado. Um mês antes, Teixeira já estava em maus lençóis com o documentário da BBC de Londres, que o acusava de ter recebido propina na Suíça. Na última quinta-feira, Teixeira havia anunciado o afastamento temporário do cargo por motivos de saúde. José Maria Marin, o vice-presidente mais velho da entidade, foi o indicado para assumir o cargo.

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