Pesquisar este blog

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

TOSTÃO: O PELÉ BRANCO


Zagalo diz que Tostão foi o jogador mais inteligente que viu atuar. Craque, tricampeão do mundo, maestro com a perna esquerda, preciso nos passes, conclusões e cobranças de falta, o mineiro Eduardo Gonçalves de Andrade foi tudo isso, e mais - talento e sabedoria a serviço de um dos maiores jogadores do futebol brasileiro.

Tostão fez parte do maior time do Cruzeiro na sua história, com Raul, Piazza, Zé Carlos, Dirceu Lopes, Natal, entre outros. Em 1966, ajudou a torná-lo nacionalmente reconhecido ao conquistar a Copa do Brasil vencendo o Santos de Pelé & Cia em duas decisões memoráveis.

No primeiro jogo, no Mineirão, goleada de 6 a 2, com inacreditáveis 5 a 0 no primeiro tempo. Na segunda partida, no Pacaembu, saiu de um 2 a 0 contra para uma sensacional virada de 3 a 2. Tostão perdeu um pênalti,  mas jogou muito naquela noite e ainda marcou um gol de falta, o primeiro da reação. Ainda em 1966, Tostão participou da frustrada campanha da Seleção Brasileira na Copa do Mundo da Inglaterra, eliminada na primeira fase, com derrotas para Hungria  e Portugal e somente uma vitória sobre a Bulgária. Mas sobreviveu ao fracasso, juntamente com os também estreantes em Mundiais Gérson e Jairzinho, para fazer parte daquela que muitos consideram a melhor Seleção Brasileira de todos os tempos, a do tricampeonato mundial.

Nas Eliminatórias em 1969, Tostão fez parte do time montado por João Saldanha e que seria o esboço daquele que encantou o mundo em 1970 no México. Ele jogou de centroavante, com a camisa 9, formando dupla com Pelé no ataque que tinha Jairzinho e Edu pelas pontas. A Seleção Brasileira de 1969 fez uma campanha arrasadora nas Eliminatórias: seis jogos, seis vitórias, 23 gols marcados e apenas dois sofridos. Tostão foi o artilheiro, com 10 gols.

No ano seguinte, o mesmo Zagalo, que se revela um admirador do futebol do craque, achou que Tostão não poderia ser o centroavante do time no México - pelas suas características, considerava-o um ponta-de-lança e como tal o pôs na reserva de Pelé nos amistosos preparatórios para o Mundial. Para ser o 9, Zagalo tinha preferência por Roberto Miranda, seu jogador no Botafogo, e ainda convocou Dario. Mas Zagalo acabou convencido pelo brilhante futebol do craque, e devolveu ao dono de direito a camisa 9 com que Tostão faria história nos gramados como parte de uma equipe que antecipou em 1970 a modernidade no futebol: a Seleção Brasileira jogava em bloco, atacando e defendendo com maior número de jogadores do que o adversário.

Tostão jogou na Seleção Brasileira de 1966 a 1972. Marcou 35 gols em 65 jogos e conquistou a Copa Rio Branco (1967, 1968), Copa do Mundo (1970), Copa Roca (1971) e Taça Independência (1972).

Tostão pela Seleção Brasileira - 1966/1972
Nome:
Eduardo Gonçalves de Andrade
Nascimento:
25.01.1947, Belo Horizonte (MG)
Posição:
Atacante
Seleção Principal:
65 jogos, 47 vitórias, 12 empates, 6 derrotas. Gols: 35
Copa do Mundo:
1966 e 1970.
Jogos em Copa do Mundo:
7 jogos, 6 vitórias, 1 derrota.
Gols em Copa do Mundo:
3 gols.
Títulos:
Copa Rio Branco (1967, 1968), Copa do Mundo (1970), Copa Rocca (1971), Taça Independência (1972).

Fonte: CBF

Nenhum comentário:

Postar um comentário