O presidente da Fifa, Joseph Blatter, fez acordo com o deputado federal Romário (PSB) para tirar Ricardo Teixeira da presidência do COL (Comitê Organizador Local da Copa do Mundo), segundo o jornalista inglês Keir Radnedge. As conversas secretas teriam acontecido durante a visita do político brasileiro à entidade, na Suíça, no início de janeiro, no dia seguinte à entregue do prêmio Bola de Ouro.
O jornalista inglês diz que a insatisfação da Fifa com o cartola brasileiro já é antiga. Em outubro de 2011, o secretário-geral da entidade, Jerome Valcke, teria pedido que a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, afastasse Teixeira. Dilma negou, até porque o pedido não veio diretamente do presidente da entidade, como manda o protocolo. Radnedge lembra que Teixeira está de licença do futebol por motivos de saúde enquanto aumenta a pressão sobre sua administração, principalmente em relação às acusações que dizem respeito ao recebimento de propinas da empresa ISL.
Os documentos do caso ISL podem comprovar que dirigentes receberam propina da empresa de marketing esportivo para facilitar a assinatura de contratos milionários. Entre os envolvidos, dois brasileiros. João Havelange, ex-presidente da Fifa, e Ricardo Teixeira, presidente da CBF, são acusados de terem recebido cerca de R$ 1 milhão da ISL. O presidente da Fifa afirmou em dezembro que divulgaria dados do caso, mas uma ação na Justiça impediu que os documentos se tornassem públicos.
Mas esses não seriam os únicos movimentos em curso contra Teixeira. Segundo o jornalista inglês, Pelé também teria procurado Blatter na Suíça para garantir que o futuro do futebol brasileiro seja livre de Teixeira. Com o cartola fora da Copa do Mundo, o Mundial seria gerido por uma comissão formada por senadores, um representante de Dilma, o ministro do Esporte, Aldo Rebello e o ministro das Finanças.
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